Home Notícias

Morre Roberto Farias, Diretor-Presidente da Academia Brasileira de Cinema

A Academia Brasileira de Cinema, em nome de sua Diretoria e Conselhos, comunica, com muita tristeza, o falecimento de seu Diretor-Presidente, Roberto Farias, nesta manhã (14 de maio), no Rio de Janeiro. Aos 86 anos, grande parte deles dedicados ao cinema, Roberto lutava contra um cancer. O cineasta assinou mais de 25 longas-metragens, como diretor, produtor, distribuidor e roteirista, entre eles Assalto ao Trem Pagador, Toda Donzela Tem um Pai que É Uma Fera e Pra Frente, Brasil, primeiro filme a falar explicitamente da tortura na ditadura militar, premiado nos festivais de Berlim e Huelva.

Natural de Nova Friburgo (RJ), Roberto Farias iniciou a carreira no começo dos anos 1950. Fez quase 10 filmes como assistente de direção ou de produção até estrear como director, em 1957, com a chanchada Rico Ri à Toa, onde além de dirigir ele também foi responsável pelo roteiro. Na década de 1960, ao mesmo tempo em que, com Luiz Carlos Barreto e Glauber Rocha, fundou a Difilm, distribuidora do Cinema Novo, dedicou-se à sua própria produtora, a R. F. Farias, junto com seu irmão Riva Faria, e à Ipanema Filmes, uma usina de sucessos, como Os Paqueras e a trilogia de filmes do Roberto Carlos: Roberto Carlos em Ritmo de Aventur , Roberto Carlos e o Diamante Cor de Rosa e Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora.

Roberto também foi presidente do Sindicato Nacional da Indústria Cinematográfica e o primeiro cineasta a dirigir a Embrafilme, entre 1974 e 1978. Seja na iniciativa privada ou em cargos públicos, sempre teve como meta a ocupação do mercado brasileiro pelo filme nacional, bem como sua projeção internacional. Sua gestão na Embrafilme coincide com o período de maior público do filme nacional em relação ao produto estrangeiro.