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FESTIVAL DE CANNES 2014

A 67º edição do Festival de Cannes 2014 acontecerá entre 14 e 25 de maio.

Site: http://www.festival-cannes.fr

Confira a lista de filmes selecionados

Abertura
Grace de Mônaco (Olivier Dahan)

Competição
Adieu au langage (Jean-Luc Godard)
The Captive (Atom Egoyan)
Clouds of Sils Maria (Olivier Assayas)
Foxcatcher (Bennett Miller)
The Homesman (Tommy Lee Jones)
Jimmy’s Hall (Ken Loach)
La Meraviglie (Alice Rohrwacher)
Maps to the Stars (David Cronenberg)
Mommy (Xavier Dolan)
Mr. Turner (Mike Leigh)
Saint Laurent (Bertrand Bonello)
The Search (Michel Hazanavicius)
Still the Water (Naomi Kawase)
Two Days, One Night (Jean-Pierre e Luc Dardenne)
Wild Tales (Damian Szifron)
Winter Sleep (Nuri Bilge Ceylan)

Fora da competição
Coming Home (Zhang Yimou)
Como Treinar o Seu Dragão 2 (Dean DeBlois)
Les Gens du Monde (Yves Jeuland)

Um Certo Olhar
Filme de Abertura: Party Girl
Amour fou (Jessica Hausner)
Bird People (Pascale Ferran)
The Blue Room (Mathieu Amalric)
Charlie’s Country (Rolf de Heer)
Dohee-ya (July Jung)
Eleanor Rigby (Ned Benson)
Fantasia (Wang Chao)
Harcheck mi headro (Keren Yedaya)
Hermosa juventud (Jaime Rosales)
Incompresa (Asia Argento)
Jauja (Lisandro Alonso)
Lost River (Ryan Gosling)
Run (Philippe Lacote)
The Salt of the Earth (Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado)
Snow in Paradise (Andrew Hulme)
Titli (Kanu Behl)
Tourist (Ruben Ostlund)

Sessões da meia-noite
The Rover (David Michôd)
The Salvation (Kristian Levring)
The Target (Yoon Hong-seung)

Sessões especiais
The Bridges of Sarajevo (vários diretores)
Eau argentee (Mohammed Ossama)
Maidan (Sergei Loznitsa)
Red Army (Polsky Gabe)
Caricaturistes – Fantassins de la democratie (Stephanie Valloatto)

Curta-metragem
The Administration of Glory – China
Ukhilavi Sivrtseebi (Invisible Spaces) – Geórgia
Happo-en – Japão
Leidi – Colômbia/Reino Unido
Sonuncu (The Last One) – Azerbaijão
A Kivegzes (The Execution) – Hungria/Romênia
Aïssa – França
Les Corps Étrangers – Bélgica
Ja Vi Elsker (Yes we Love) – Noruega

A neozelandesa Jane Campion, Única mulher a ganhar a Palma de Ouro de melhor filme, por O Piano (1993), será a presidente do júri do festival em 2014. A relação da cineasta com Cannes vem desde 1986, quando ela ganhou a Palma de Ouro de melhor curta por Peel. O longa mais recente de Campion, Brilho de uma Paixão, também fez parte da competição, em 2009.

Sobre o Festival de Cannes

Qual é a missão do Festival de Cannes?
Desde as suas origens, o Festival de Cannes é fiel à sua vocação fundadora: revelar e valorizar obras para servir a evolução do cinema, favorecer o desenvolvimento da indústria do filme no mundo e celebrar a 7ª arte a nível internacional.

O que é a “Selecção oficial”?
Esta selecção valoriza a diversidade da criação cinematográfica através de diferentes aspectos e, em primeiro lugar, da Competição e de Un Certain Regard. Os filmes que ilustram o “cinema de autor destinado ao grande público” são apresentados na Competição, enquanto Un Certain Regard destaca obras originais quanto ao propósito e à estética. A Selecção Oficial assenta igualmente nos filmes Fora da Competição, nas Sessões Especiais e nas Sessões da Meia-Noite, Cannes Classics e na selecção Cinéfondation de filmes de escola.
O que representam hoje em dia os “Degraus vermelhos”?
É um dos aspectos da manifestação e, claro está, a parte mais mediática do evento. Para a organização, é em primeiro lugar a oportunidade de receber pela primeira vez, e com a mesma deferência, os maiores artistas do cinema mundial e os talentos emergentes. É igualmente a ocasião para honrar a criatividade dos artistas sobre a qual recai o prestígio do Festival.
Em que consistem as selecções não competitivas?
Os filmes Fora da Competição são frequentemente filmes-eventos que marcam o ano de cinema e as Sessões Especiais e as Sessões da Meia-Noite oferecem uma exposição à medida a obras mais pessoais. Os filmes do património em cópias restauradas são evidenciados em Cannes Classics, que recebe igualmente homenagens e documentários sobre o cinema. Fora da Selecção, os cinéfilos têm também a oportunidade de descobrir o cinema de outra forma através de lições, homenagens ou exposições…
Que lugar está reservado à curta-metragem em Cannes?
Em Cannes, a curta-metragem é representada pela Competição, no final da qual o Júri das curtas-metragens entrega uma Palma de Ouro, e pelo Short Film Corner, um espaço profissional dedicado aos encontros, às partilhas e à promoção dos filmes.
Em 2010, o Festival criou “Cannes curta-metragem” que reúne estas duas entidades numa dinâmica complementar de modo a oferecer um panorama completo da criação mundial de formato curto e estimular a criatividade dos respectivos autores.
Quais são as iniciativas do Festival a favor da criação?
O Festival está muito atento à descoberta de novos talentos e a servir de trampolim à criação. O desenvolvimento de “Cannes curta-metragem” vai nesse sentido. Já foram implementadas várias acções destinadas ao apoio dos talentos do futuro: a Caméra d’Or recompensa o melhor primeiro filme apresentado, quer seja na Selecção Oficial, na Quinzena dos Realizadores ou na Semana da Crítica.
Quanto à Cinéfondation, que apresenta filmes de escolas de cinema no âmbito da Selecção Oficial e organiza igualmente a Résidence e o Atelier, constitui um observatório sobre as tendências do cinema de amanhã.
Como mantêm a dimensão internacional da manifestação?
Os filmes seleccionados e os profissionais credenciados no Festival vêm de todo o mundo e a cobertura mediática do evento é internacional. Por outro lado, o Festival de Cannes oferece a todos os países produtores de cinema a possibilidade de apresentarem a riqueza da sua cinematografia no âmbito da Village international, que contava com mais de 40 países em 2012.
Para continuar a encorajar esta dimensão, 6 novos idiomas foram adicionados ao site oficial em 2010. Além do francês e do inglês, os cibernautas podem agora seguir a manifestação em espanhol, português, chinês, japonês, árabe e russo.
O Mercado do Filme constitui a vertente económica do Festival de Cannes?
O Festival de Cannes apoiou-se desde cedo no seu Mercado do Filme para promover a dupla natureza do cinema: cultural e económica. Hoje em dia com mais de 10.500 participantes e 1500 projecções, é o primeiro mercado do mundo e contribui para o dinamismo da indústria mundial do cinema. É indissociável do Festival no sentido em que favorece também o encontro e oferece aos profissionais credenciados serviços e ferramentas visadas que lhes facilitam a partilha, a negociação e a descoberta.
O que faz o Festival para o grande público?
A carreira de um filme e a reputação de um autor assentam antes de mais na recepção que têm nas salas. Apesar de reservado aos profissionais, o Festival está atento a esta realidade e prepara-se para adaptar melhor a recepção que faz aos cinéfilos.

Desde 2011, o filme de abertura sai nas salas francesas no dia da sua apresentação em Cannes e a cerimónia de abertura é difundida nos cinemas para que os espectadores possam viver em directo a noite de lançamento do Festival. Em Cannes, o Cinema da Praia, sala sem paredes, propõe um filme todas as noites e por vezes, desde 2010, em antestreia mundial, no âmbito de uma programação temática. Trata-se de projecções ao ar livre, abertas a todos, que representam uma forte ligação com o público.


O Festival acabou de fazer 65 anos, qual é o segredo da sua longevidade
?
O Festival está solidamente enraizado na sua história, mas está também muito atento a receber o que seja novo e original. Ao longo dos anos, evoluiu procurando preservar os seus valores essenciais: a cinefilia, a descoberta de novos talentos, a recepção dos profissionais e jornalistas provenientes de todo o mundo, de modo a contribuir para o nascimento e a difusão dos filmes.

A cada nova edição, nascem projectos, transmitem-se experiências, descobrem-se culturas: é também esta efervescência que faz do Festival de Cannes o reflexo da sua época.