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Ficção científica sobre ‘apartheid’ no Distrito Federal vence o 47º Festival de Brasília

‘Branco sai. Preto fica’ foi o melhor filme, mas ‘Brasil S/A’, de Marcelo Pedroso, ganhou maior número de prêmios

POR CARLOS HELÍ DE ALMEIDA – O Globo.
BRASÍLIA – Trama de ficção científica contada em tom fabular, a produção brasiliense “Branco sai. Preto fica”, de Adirley Queirós, venceu o troféu Candango de melhor longa-metragem do 47º Festival de Brasília, em cerimônia realizada no final da noite desta terça-feira. O filme, que questiona o “apartheid” entre Brasília e a cidade-satélite de Ceilândia, levou ainda os prêmios de ator (Marquim do Tropa), direção de arte, e o da crítica, concedida pela Abracine.

A produção pernambucana “Brasil S/A”, de Marcelo Pedroso, no entanto, foi o título que recebeu o maior número de prêmios oficiais, cinco: direção, roteiro, trilha sonora, som e montagem. O filme é uma alegoria sobre um cortador de cana que, tangido do campo com a mecanização da colheita, vai para a cidade grande participar de uma missão espacial.

Ao final da cerimônia de premiação, um representante dos seis longas-metragens que concorriam na edição deste ano leu uma carta em que questionavam o desequilíbrio da premiação em dinheiro entre as categorias. Eles decidiram, previamente, que iriam dividir os R$ 250 mil destinados ao vencedor de melhor filme igualmente entre todos os concorrentes e sugeriram que o festival fizesse uma melhor distribuição de recursos entre as categorias.

A mostra de curtas-metragens foi vencida pela produção pernambucana “Sem Coração”, de Nara Normande e Tião. O filme, que foi exibido na mostra Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes deste ano, e descreve o encontro entre um menino da cidade grande e uma menina de uma vila pesqueira, levou ainda os Candangos de direção e montagem.

OS PRINCIPAIS VENCEDORES:

LONGAS

Filme : “Branco sai. Preto fica”, de Adirley Queirós

Júri popular: “Sem pena”, de Eugenio Puppo

Direção: Marcelo Pedroso (“Brasil S/A”)

Ator: Marquim do Tropa (“Branco sai. Preto fica”)

Atriz: Dandara de Morais (“Ventos de agosto”)

Ator coadjuvante: Renato Novais de Oliveira (“ Ela volta na quinta”)

Atriz coadjuvante: Élida Silpe (“Ela volta na quinta”)

Roteiro: “Brasil S/A”

Fotografia: “Ventos de agosto”

Direção de arte: “Branco sai. Preto fica”

Trilha sonora: “Brasil S/A”

Som: “Brasil S/A”

Montagem: “Brasil S/A”

CURTAS

Filme: “Sem coração”, de Nara Normande e Tião

Júri popular: “Crônicas de uma cidade inventada”, de Luísa Caetano

Direção: “Sem coração”

Ator: Zé Dias (“Geru”)

Atriz: Maeve Jinkings (“Estátua!”)

Roteiro: “Estátua!”

Fotografia: “Loja de répteis”

Direção de arte: “Loja de répteis”

Trilha sonora: (“ Loja de répteis”)

Som: “Geru”

Montagem: “Sem coração”

Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/filmes/ficcao-cientifica-sobre-apartheid-no-distrito-federal-vence-47-festival-de-brasilia-14029469#ixzz3EFlRBVYB