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Helena Ignez – Homenageada do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2017

Helena-Ignez_artista

Helena Ignez

A atriz e cineasta Helena Ignez nasceu em Salvador, na Bahia, em 1942. Seu primeiro
filmecomo atriz foi também o curta-metragem de estreia de Glauber Rocha, Pátio (1959).
Atuou também em A grande feira, de Roberto Santos (1961), Assalto ao trem pagador, de
Roberto Farias (1962), e O padre e a moça, de Joaquim Pedro de Andrade (1966) – pelo
qual ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Brasília.
Em 1967,trabalhou com Júlio Bressane em Cara e cara e, no ano seguinte, com Rogério
Sganzerlaem O bandido da luz vermelha– dois filmes que provocaram um terremoto no
status quo e deram início a uma importante parceria criativa. Ao lado de Bressane e
Sganzerla, Helena Ignez foi uma das fundadoras da produtora Bel Air, que resultou em um
dos mais interessantes jorros produtivos e criativos da história do cinema brasileiro. Entre
1969 e 1970, a Bel Air realizou nada menos que seis longas-metragens de baixíssimo
orçamento, todos com a atriz no elenco. São desse períodoA mulher de todos, Sem essa
aranha e Copacabana monamour, de Rogério Sganzerla, e Cuidado, madame, Barão Olavo
– O horrível e A família do barulho, de Júlio Bressane. Em 1970, casou-se com Rogério
Sganzerla, numa parceria de vida e criativa que durou até a morte do cineasta, em 2004.
Atualmente, além de se dedicar à preservação e à difusão da obra de Sganzerla ao lado
das filhas Djin e Sinai, Helena Ignez também é realizadora, tendo dirigidodois curtas-
metragens e cinco longas.Canção de Baal (2009) participou da competição do Festival de
Gramado, e Luz nas trevas – A volta do bandido da luz vermelha, que codirigiu com Ícaro
Martins a partir de um roteiro deixado por Sganzerla, foi selecionado para o prestigiado
Festival de Locarno, onde recebeu o prêmio da crítica suíça. Suas obras mais recentes são
Ralé (2016) e o ainda inédito A moça do calendário (2017).