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Homenageado Especial do GP 2003 – Carlos Manga

Carlos Manga inovou a comédia nos cinema brasileiro e foi um dos grandes nomes da época das chanchadas.

Nascido em 1928, começou a ganhar a vida como bancário, mas a paixão pelo cinema o levou para a Atlântida, através do ator Cyll Farney, que integrava o primeiro time da companhia. Manga entrou como almoxarife, mas aos poucos foi aprendendo ofício e galgando posições. De contrarregra, passou a assistente de montagem e direção.

Em 1951, atuou como diretor musical em filmes da companhia, e logo em seguida estreou na direção, com o longa A Dupla do Barulho. Dominadas as técnicas, Manga passou a colocar novos elementos nas chanchadas, marcadas por esquetes irônicos e paródias de filmes e números musicais como artistas de sucesso no rário e no teatro de revista. Destacando-se pela enorme sensibilidade ao tratar os enredos, virtualmente iguais, de forma sempre interessante e original, Manga procurou explorar as situações do cotidiano e da política, vividas por Oscarito e Grande Otelo. Foram cerca de 21 filmes, em sua maioria comédias, de 1953 a 1962, entre eles Matar ou correr, Nem Sansão nem Dalila, Colégio de Brotos e O homem de Sputnik, que revelou o comediante Jô Soares. Nos anos 70 vivendo na Europa, Manga começou a trabalhar com Federico Fellini na produção de documentários. De volta ao país em 1974, dirigiu O marginal e Assim era a Atlântida, em que reuniu depoimentos e filmes que relembravam a época de ouro das chanchadas, época que encontra em Carlos Manga o seu maior diretor.